Bandeira e Brasão do município de Barbalha.
“O desenho da bandeira consiste de um retângulo verde-bandeira sobreposto por duas Cruzes de Santo André, sendo uma azul-escura sobrepondo-se a uma amarelo-ouro. No centro verifica-se um círculo branco preenchido sobreposto pelo Brasão de Barbalha.” O Brasão de Barbalha, bem como sua bandeira, foram confeccionados pela Enciclopédia Heráldica Municipalista por ordem da Prefeitura Municipal de Barbalha na gestão do senhor Antônio Costa Sampaio (1967-1971).”
- Emancipação: 17 de agosto de 1846
- Gentílico: barbalhense
- Nomes antigos: Brejo do Barbosa, Salamanca, Freguesia de Santo Antônio de Barbalha, e Barbalha desde 1838
- Distritos: sede, Arajara, Caldas e Estrela
- Padroeiro: Santo Antônio
- Prefeito: Guilherme Sampaio Saraiva.
Município do estado do Ceará integrante da região metropolitana do Cariri, no Vale do Cariri. Antes conhecida como Salamanca, nome recebido por causa do riacho às margens do qual foi inicialmente erigida, depois Freguesia do Santo Antônio de Barbalha passou a ser chamada apenas Barbalha desde a sua emancipação política em 1838. Consta ainda como registro histórico para o nome recebido referir-se a uma senhora que teria o sobrenome de Barbalho.
No século XVIII, foi erguida a sua primeira capela em terras doadas pelo capitão Francisco Magalhães Barreto de Sá e sua mulher, dona Maria Polucena de Lima, que construíram em honra de Santo Antônio, e para formação do cujo patrimônio doaram, além da terra, também o gado. Dois anos depois de autorizada a sua construção, a capela foi inaugurada com a bênção dada pelo vigário de Missão Velha, padre André da Silva Brandão, em 23 de dezembro de 1790. Mais de quarenta anos se passaram até que à capela foi conferida a dignidade de sede de paróquia com a fundação da freguesia de Barbalha, em 30 de agosto de 1838, paroquiando-a em primeiro lugar o padre Pedro José de Castro e Silva por colação conferida em 3 de fevereiro de 1841. Com a bênção de Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, primeiro bispo do Crato, a igreja do Rosário teve a sua inauguração oficial no dia 2 de fevereiro de 1921. Cumpre registrar, entretanto, que a ideia da sua construção e devoção re- monta aos idos de 1820 surgida que foi entre os escravos negros que trabalhavam em Barbalha, os quais formaram a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. O século transcorrido entre a ideia inicial e a inauguração foi marcado por inúmeras parali- sações, tendo em vista, ora a pobreza dos devotos pretos, ora os alagamentos e desabamentos consequentes das chuvas. Houve, ainda, a invasão e saque sofridos por Barbalha pelas tropas que lutavam na sedição do Juazeiro, o que resultou na debanda- da de boa parte da população. Apesar do esforço despendido pelo padre Manoel Cândido dos Santos, e posteriormente com o concurso dos leigos Antônio Correia Sampaio Filgueiras e José de Sá Barreto Sampaio (Zuca Sampaio), a história da construção da igreja era de desanimar, face às adversidades. Compensados foram todos com o resultado que hoje se vê na belíssima construção.
O município, que dista de Fortaleza 610 quilômetros, tem a sua localização à margem do Riacho Salamanca, com altitude de 414 m acima do nível do mar. O clima predominante é o semiárido, com média pluviométrica de 1.100 mm de chuvas concentradas de janeiro a abril. Além do distrito sede com o mesmo nome do município, existem ainda mais os de Arajara, onde existe um parque temático, Caldas e Estrela. Sua bacia
hidrográfica é formada basicamente pelos riachos: do Saco, São Francisco, da Onça, Salamanca e Santana, oriundos de 30 nascentes que jorram de aquíferos comuns nesse lado da chapada do Araripe. O padroeiro do município é Santo Antônio, cuja data comemorativa (13 de junho) é festejada com o evento conhecido como festa do pau da bandeira, com duzentos anos de tradição, com folguedos que contam com a participação de grupos de rei- sado, de penitentes e de zabumbas e recebe um afluxo turístico de milhares de pessoas. O patrimônio histórico do município registra a existência de 50 construções de valor histórico, entre as quais se destacam o Engenho Tupinambá, construído no ano de 1830 e que é o último exemplo de casa-grande e engenho conjugados; o Casarão Hotel, construído em 1850; e a Casa da Câmara e Cadeia Pública.
A matriz de Barbalha nasceu a partir da capela que o capitão Francisco Magalhães Barreto e Sá e o Sr. Polucena Abreu Lima construíram em honra de Santo Antônio, para formação de cujo patrimônio, doaram terra e gado. Dois anos depois de autorizada a sua construção, a capela foi inaugurada com a bênção dada pelo vigário de Missão Velha, padre André da Sil- va Brandão, em 23 de dezembro de 1790. Mais de 40 anos se
passaram até que à capela foi conferida a dignidade de sede de paróquia com a fundação da freguesia de Barbalha, em 30 de agosto de 1838, paroquiando-a em primeiro lugar o padre Pedro José de Castro e Silva por colação conferida em 3 de fevereiro de 1841. Anote-se, ainda, as seguintes capelas sob a tutoria da paróquia de Santo Antônio: capela de Nossa Senhora de Fátima, na sede, centro; capela de Santa Teresinha, na sede, Bairro Cirolândia; capela de Nossa Senhora do Rosário, no Bairro Alto do Rosário; capela da Mãe Rainha, no Bairro Alto do Rosário: capela de Santo André, no Bairro Bela Vista; duas capelas de Nossa Senhora da Conceição, sendo uma no distrito de Arajara, e a outra no Sítio Saco; duas capelas de São Sebastião, sendo uma no Sítio Santa Cruz e a outra no Sítio Macaúba; capela de Nossa Senhora da Saúde, no Sítio Barro Vermelho; capela de Nossa Senhora de Lourdes, no Sítio Cabaceiras; capela de Nossa Senhora Aparecida, no Sítio Espinhaço; capela de Nossa Senhora das Dores, no Sítio Correntinho; capela de Santa Mar- ta, no Sítio Betânia; capela de Senhora Santana, no Sítio Rua Nova; capela de São João Batista, no Sítio Carrapicho; capela do Divino Espírito Santo, no Sítio Mata dos Limas; duas capelas de São José, sendo uma no Sítio Farias e outra no Sítio Riacho do Meio.
Igreja do Rosário, de Barbalha, com a bênção de dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, primeiro bispo do Crato, teve a sua inauguração oficial no dia 2 de fevereiro de 1921. Cumpre registrar, entretanto, que a ideia da sua construção e devoção remontam os idos de 1820, surgida que foi entre os escravos negros que trabalhavam em Barbalha, os quais for- maram a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. O século transcorrido entre a ideia inicial e a inauguração foi marcado por inúmeras paralisações, em vista, ora da pobreza dos devotos pretos, ora dos alagamentos e desabamentos consequentes das chuvas. Houve ainda a invasão e saque sofridos por Barbalha pelas tropas que lutavam na sedição do Juazeiro, o que resultou na debandada de boa parte da população. Apesar do esforço despendido pelo padre Manoel Cândido dos Santos, e posteriormente com o concurso dos leigos Antônio Correia Sampaio Filgueiras e José de Sá Barreto Sampaio (Zuca Sampaio), a his- tória da construção da igreja era de desanimar, face às adversidades. Compensados foram todos com o resultado que hoje se vê na belíssima construção.
HINO DO MUNICÍPÍO DE BARBALHA
Hino de Barbalha- Arranjo Vocal.
Letra e Música: Maria Alacoque Sampaio
Canta Barbalha a tua fé cheia de esplendor. Canta Barbalha as esperanças do teu porvir. Canta Barbalha as alegrias que hão de vir. Canta Barbalha a caridade que diz amor!
Terra querida, és nossa vida tudo daremos em teu favor. Terra de Santo Antônio, o nosso grande protetor!
Terra de Santo Antônio, o nosso grande protetor!
Canta Barbalha a beleza dos palmeirais. Canta Barbalha de tuas fontes o marulhar. Canta Barbalha este teu vale sem fim, sem par. Canta Barbalha os teus verdes canaviais!
Canta Barbalha os devotados à instrução. Canta Barbalha as tuas lutas cheias de ardor. Canta Barbalha os que trabalham em teu favor. Canta Barbalha aos céus um hino de gratidão!
Canta Barbalha os que passaram fazendo o bem. Canta Barbalha os que lutaram como heróis.
Canta Barbalha os que brilharam quais lindos sóis. Canta Barbalha essa saudade que a gente tem!
HINO DO BAIRRO ALTO DA ALEGRIA, EM BARBALHA
Letra: Antônio Machet Callou Música: Maestro José Soares Neto
Um prefeito que amava o progresso Nos doou o que a gente queria
Os terrenos pras nossas moradias Aqui no alto viril da alegria.
Um projeto que logo formamos De vivermos em plena união Construindo as nossas vivendas Com auxílio comum – mutirão.
Refrão
Ó Barbalha querida, nossa terra!
Nos deslumbram os teus cerros, tão bonitos Tuas fontes risonhas, tua serra
E os teus panoramas infinitos.
E constantes, assim continuamos Um projeto que é firme, não muda
Nós fizemos um bom quarteirão Logo mais eis a rua da ajuda.
E também, que católicos somos Com prazer, todo mundo contente, Já fizemos para nosso padroeiro
A sua grande matriz, São Vicente.
Refrão
Tudo aqui o que se quer se realiza Com uma imensa cultura geral
Construiu-se pras crianças uma creche, Tem também futebol e canavial.
Também conta com ricas vivendas Que rivalizam as de outras regiões Já gozamos de sua alta estima
E as grandezas dos seus corações.
DADOS DEMOGRÁFICOS
Localização: 07° 18’ 18” S 39° 18’ 07” O, unidade federativa: Ceará, mesorregião: sul cearense (IBGE/2008), microrregião: Cariri (IBGE/2008), região metropolitana: Cariri, municípios limítrofes a Oeste: Crato, ao Norte: Juazeiro do Norte, ao Sul: Jardim, e a Leste: Missão Velha, distância até a capital: 575 km.
Características geográficas: área: 608,158 km², população: (estimada 2021 – 61.662 hab.) 55.323 hab. (IBGE/2010), densidade: 115,45 hab./km², altitude: 414 m, clima: tropical e semiárido brando por altitude, fuso horário: UTC−3.
Indicadores: IDHM: 0,683 médio (PNUD/2010), PIB: R$ 499.981.000,00 (IBGE/2011), PIB per capita: R$ 8.934,61 (IBGE/2011).
Fonte: IBGE
GOVERNANTES DE BARBALHA
Período da Monarquia (1848 – 1889) Intendentes:
José Furtado de Lacerda Napoleão Quesado Filgueiras Manoel Ramalho de Alencar
PERÍODO DA PRIMEIRA REPÚBLICA (1889 A 1930) INTENDENTES:
José Bernardino de Carvalho Manuel Ribeiro Costa (1906)
Conhecido como Neco Ribeiro foi deposto por João Raimundo de Macedo (o coronel Joca do Brejão) pretextando o aumento de impostos municipais. Na verdade, Neco Ribeiro não tinha cabras armados suficientes que pudessem garanti-lo no poder.
Antônio Duarte Grangeiro (1906 a 1907) João Raymundo de Macedo (1908)
A partir de 1914, o então governador Marcos Franco Ra- belo aboliu a figura do intendente municipal e criou o cargo de prefeito, com a promulgação da Lei Estadual nº 1.794, de 9 de outubro.
PREFEITOS NOMEADOS:
Gregório Pereira Pinto Callou (1915)
Era pessoa séria e pacífica, mais conhecido por major Gregório. Sob o seu governo Barbalha foi invadida e saqueada pelos revoltosos da Sedição de Juazeiro. Não teve meios de evitar.
Antônio Pinto de Sá Barreto (1916 a 1917) João Raymundo de Macedo (1918)
Henrique Fernandes Lopes Sobrinho (1919 a 1926) Cláudio Álvares Couto (1926 a 1935)
PERÍODO DA ERA VARGAS (1930 A 1945) PREFEITOS NOMEADOS:
Cláudio Álvares Couto (1926 a 1935)** Antônio Duarte Júnior (1930 a 1933)** Antônio Duarte de Sá Barreto (1934)
Antônio Lyrio Callou (1935 a 1945)**: no seu mandato foi construída a primeira rodagem para o Caldas.
PERÍODO DA SEGUNDA REPÚBLICA (1945 A 1964)
Argemiro Sampaio (1945 a 1946)4: tendo Argemiro se afastado para concorrer nas eleições de 1947. Até aquela data o cargo foi ocupado por vários prefeitos interinos:
Odílio da Cruz Luna, Antônio Manoel de Queiroz, Raimundo Cruz Filho, tenente Brandão, Dona Laurita e Antônio Duarte de Sá Barreto (1946)
Manuel Antônio de Queiroz (1947 a 1948) Argemiro Sampaio (1948 a 1951)
Alfredo Correa de Oliveira (1952 a 1955) Joaquim Duarte Grangeiro (1956 a 1959)
João Filgueiras Teles (1960 a 1963) Período do Regime Militar (1964 a 1985) Joaquim Duarte Grangeiro (1964 a 1967)
Essa quadra ficou marcada pela tragédia. O prefeito eleito Joaquim Duarte Grangeiro faleceu durante o mandato. Em seu lugar, assumiu o vice-prefeito, Joaquim Duarte Grangeiro Filho, que algum tempo depois veio a falecer de desastre automobilístico, dando-se então posse a Eloy de Sá Barreto Sampaio.
Antônio Costa Sampaio (1968 a 1971)
João Coelho Neto (1972 a 1973): esse foi um mandato tampão
Fabriano Livônio Sampaio (1974 a 1977)
4 Nesse período, o Ceará esteve sob o comando de interventores federais
Antônio Inaldo de Sá Barreto (1978 a 1983): Antônio Inal- do e João Hilário tiveram mandatos de seis anos
João Hilário Coelho Correia (1984 a 1989)
PERÍODO DA NOVA REPÚBLICA (A PARTIR DE 1985)
Francisco Rommel Feijó de Sá (1990 a 1994) João Hilário Coelho Correia (1994 a 1997) Antônio Inaldo de Sá Barreto (1997 a 2000) Edmundo de Sá Filho (2001 a 2004) Francisco Rommel Feijó de Sá (2005 a 2008) José Leite Gonçalves Cruz (2009 a 2012) José Leite Gonçalves Cruz (2013 a 2016),Argermiro Sampaio Neto (2017 a 2020),Guilherme Sampaio Saraiva(2021 a 2024).
Fonte: Sitio http://www.mbi.com.br/mbi/biblioteca/simbolo/bandeira-municipios-ceara/ e http://www.mbi.com.br/mbi/biblioteca/simbolo/ brasao-municipios-ceara/
BARBALHA. In IBGE. Cidades@. Ceará. Barbalha. Histórico do Município. Disponível em: <http://www.cidades.ibge.gov.br/ painel/historico.php?lang=&codmun=230190&search=|bar- balha>. Acesso em: 07 mai. 2013.