Severo de Sousa Lima (In memoriam) – “Mestre Sousa” é natural de Barbalha – Ceará. Nascido em 1903, no Sítio Pelo Sinal, adjacência do Caldas. Filho de Raimundo Alves de Sousa e Ana Vidal de Lima. Tendo como sua primeira esposa, Maria Hermínia Vidal de Lima, sua prima legítima. Do casal nasceram: Maria Isa, Manoel Sisino, Vicente Sousa e José Homero. (In memoriam) todos.
No início da década de 1970, ficou viúva e casou-se com Maria Pereira Ramalho. Com quem já se relacionava. Dela nasceram: Socorro (in memoriam), Carlos Benício (in memoriam) João Evilácio, Fátima e Ana Lúcia. De outro relacionamento com Júlia Pinto, nasceram: Esmeralda, Tereza e Silvaní. Portanto, pai de doze filhos/a.
Severo de Sousa Lima, viveu sua infância e adolescência no sítio onde nascera lidando na agricultura. No entanto, foi na cidade onde mais permaneceu no ofício de Mestre de Obra. Sempre na companhia dos seus dignos signatários em tudo que construía. Cuja maestria se revela nos suntuosos prédios edificados na cidade de Barbalha.
Mestre Sousa, na construção civil deixou sua impressão em importantes edificações: Colégio Nossa Senhora de Fátima, parte do Colégio Santo Antônio e, do Hospital Maternidade São Vicente de Paulo, Liga contra o analfabetismo. Graças ao Centro de Melhoramento de Barbalha e, em várias outras construções de menores portes: nas escolas Isoladas em toda zona rural, Canal do Riacho do ouro, Praça Presidente Kenedy, Balneário do Caldas, calçamentos e muros de arrimos da Ibacip (antiga fábrica de cimento), primeira caixa d’água do Alto da Alegria – entre os dois governos municipais de Antônio Costa (in memoriam) e Fabriano Livônio (in memoriam), respectivamente-, e, já no governo de João Coelho (in memoriam), construiu o Centro de Abastecimento – Mercado público. Sem deixar de mencionar a obra de grande destaque à época: a canalização da água do Caldas para Barbalha. No governo municipal de Alfredo Correia (in memoriam). Mestre Sousa, também deixou no Cariri, prédios edificados nas cidades de Mauriti e Porteiras. Portanto, eis as marcas indeléveis da sua passagem pela construção civil.
Conquanto, todas as ações operárias de conjunto estão materializadas no campo e na cidade. Antecipando o trabalho das grandes empreiteiras. Erguidas na força da humildade e honestidade. Onde a palavra endossava o compromisso. Uma vez dada, uma vez cumprida. Com dignidade e, todos longe de um relacionamento de submissão. Senão de respeito mútuo e responsabilidade.
Posto que, é oportuno registrar que Severo de Sousa Lima, também foi um grande devoto do Bom Jesus. E por vezes, em meio a considerável multidão de iguais católicos, em procissão transportou a Imagem do padroeiro dos aflitos, de Barbalha até o Caldas. Adentrando pelo sítio Tupinambá. E, em cada sítio percorrido o Santo era aclamado, com foguetórios, ornamentações e muita gratidão de seus moradores e moradoras para com o santo, isso, por quase todo trajeto. De maneira que, tudo ocorria por ocasião do encerramento da Festa do Bom Jesus. E, coincidentemente, foi no dia 20 de agosto de 1978, na hora da missa do seu santo de inarredável devoção que Mestre Sousa deixou o mundo dos vivos.
Portanto, fica aqui o registro do cidadão exemplar, Severo de Sousa Lima, um agricultor de fé que se fez mestre de obra, tornando-se conhecido por Mestre Sousa – Uma vida dedicada à construção civil.
HOMENAGEM
O Sr. Severo de Sousa Lima “Mestre Sousa” foi homenageado com um cordel pela SOCIEDADE DOS POESTAS DE BABALHA. De autoria do seu neto Francisco de Assis Sousa.
Por Francisco de Assis Sousa.