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Segundo informações os ranchos seria onde hoje é o mercado público da cidade.

Francisco Freire Alemão, membro da Comissão Científica de Exploração, nos idos de 1860, passou por Barbalha e observou que a referida vila estava “assentada no alto dum monte”. Barbalha inspirou boas impressões do citado botânico, que a considerou “muito superior” a algumas vilas adjacentes por onde também teve a oportunidade de passar, como Exu, em Pernambuco, e Jardim. Além disso, observou Freire Alemão, que existia em Barbalha uma porção de “casas novas caiadas e um ou dois sobrados”. A Igreja Matriz de Barbalha também foi objeto das apreciações de Freire Alemão, que a considerou grande, mas um tanto maltratada.

Guilherme Studart, em 1888, também teceu alguns comentários sobre a Matriz de Barbalha, cerca de 30 anos após as palavras pronunciadas por Freire Alemão. Guilherme Studart diz que a população e a riqueza de Barbalha estavam circunscritos a um espaço de aproximadamente três léguas. Segundo o autor:

“Possui a cidade ótima, e bem paramentada Matriz, que mede 88 palmos de frente e 206 de fundo; uma casa de caridade inaugurada a 28 de Março de 1869, devida, como as de outros muitos pontos da Província, ao zelo apostólico do Padre Ibiapina, na qual se acham agasalhadas 41 pessoas, sendo a mor parte opas desvalidas; um cemitério com bonita capela, o qual mede 116 palmos de frente e 392 de fundo e está colocado n’um alto, o que lhe dá vista pitoresca para todos os lados, sobretudo para o lado do grande Brejo do Salamanca; boa casa de câmara, com seguríssima cadeia […], uma cacimba publica, à margem direita do brejo, obra de importância e utilidade; 2 escolas públicas frequentadas por 93 alunos do sexo masculino e 65 do feminino; um pequeno colégio com 16 alunos e 2 aulas noturnas.

Conta 2 farmácias, 19 lojas de fazenda, molhados e ferragens, 16 tavernas além do crescido número de vendas.”

Em 1888, o número de casas em Barbalha chegava a 738, das quais 6 eram sobrados; em 1910, o número chegava a 1.000 casas e 16 sobrados.

Fonte: Diário de Viagem de Francisco Freire Alemão

Fonte: Barbalha Terra De Santo Antonio

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