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História de personagem que não podemos esquecer…Pe. José Correia Lima.

A nossa traição vem desde os tempos do Pe. Ibiapina que recomendava que hasteasse uma bandeira em homenagem ao padroeiro ou padroeira do lugar. Isso lá pelos idos de 1860.

Mas somente o Vigário de Barbalha, Pe. José Correia Lima oficializou em 1928, motivado pelo costume do hasteamento da bandeira nas festas juninas, nas renovações, e nas festas dos santos, o Padre José Correia instituiu o carregamento do mastro no qual seria hasteado a bandeira do padroeiro Santo Antonio. Desde esse ano, o cortejo do pau-da-bandeira marca a abertura dos festejos do Santo. Até o início dos anos setenta, a Igreja de Barbalha silenciou sobre o cortejo do pau-da-bandeira. O Padre José Correia, que administrou a Paróquia de 1928 a 1945 não deixou nada escrito sobre o mesmo nos seus registros presentes nos livros de Tombo da Paróquia. Vale observar, que a Paróquia de Barbalha, até 1999, possuía apenas dois livros de Tombo. O primeiro registra fatos paroquiais referentes ao período de 1934 a abril de 1959. No segundo livro estão registrados os acontecimentos ocorridos de maio de 1959 até 1999. No primeiro livro de Tombo não há nenhum registro sobre o cortejo do pau-da-bandeira. Existe apenas uma referência ao hasteamento da bandeira do padroeiro, feita pelo padre Erfo Roters, em 1952: “Logo depois da coroação (da virgem Maria), foi hasteada a bandeira da festa de Santo Antonio”.

Padre José Correia Lima, fez os primeiros estudos em sua cidade natal, Lavras da Mangabeira, nasceu em 10 de Junho de 1899. Ordenou-se em 10 de Junho de 1923, e em 1928 instalou-se em Barbalha, como Vigário, substituindo o Padre Jatahy. Reformou a Matriz de Santo Antonio, ampliou os estatutos da Sociedade das Filhas de Maria. Como estímulo associou-se às Agremiações do Santíssimo Sacramento dos Vicentinos, e do círculo Operário. Fundou a Cruzada Eucarística, fortalecendo as vocações sacerdotais. Nas sextas-feiras, das 23 às 24 horas presidia a Hora Santa. Criou a Sociedade de Mães Cristãs.

Um dia, ao sair para suas visitas, foi montar em um cavalo que o derrubou. Na queda chocou a cabeça contra a calçada. Começou a queixar-se de dores, e foi constatado um derrame. Foram feitas punções, mas ele ficou em estado pré-coma, fato este que o levou a morte, na data de 22 de dezembro de 1945.

COMENTÁRIOS

Maria Iza Feitosa

Conheci por foto na residência de minha bisavó materna. E na casa de Carlota Sampaio também tinha foto dele. Padre José Correia. E a história dele q me falaram foi essa. Os anteriores padres conheci por nome, só.  Nunca vi fotos. Ele iria dar a unção dos enfermos a alguém e precisava ir a cavalo, porque era um pouco distante a residência, quando aconteceu o tombo.

 José Tadeu Jr.

Pena que durante minhas conversas com minha Avó paterna – Maria Santana Miguel, não perguntei sobre o hasteamento da bandeira de Santo Antonio. Ela morou por muito anos na casa da Beata Vivi (Secretaria Paroquial da época), até o seu casamento em 1943 com Antonio Miguel, o sapateiro. Ela conheceu todos os padres daquela época e o Padre José Correia celebrou seu casamento. Ela me contou todo o processo da reforma na Igreja Matriz feita pelo Padre José Correia. Era lindo ver ela contar cada detalhe, com uma riqueza que só ela sabia falar.

Paulo Richard Sampaio

Comentários antigos, essa queda tem outra ou outras versões.

Fonte:

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